domingo, 10 de abril de 2011

Koisas do Estrangeiro


Sempre fui contra ao uso de estrangeirismos em nossa língua; às vezes inevitáveis, pelas fortes influências americana e europeia; uma dependência que se arrasta pelos países de terceiro mundo. Nas avenidas de cidades brasileiras observo que é comum vê nomes de lojas com perfil estrangeiro, o que descaracteriza a língua e inferioriza uma nação. Ex: Le femme, La Maison, Le Mans, Restorante La Tratoria, Coiffeur, etc. Gosto de ver nomes como Maria Bonita, Pé de Moleque, Pé Louko, etc. Aqui no Brasil, uma cliente chega num salão de beleza e não entende o que é sala de Make up; exceto que seja em Shopping center ou hotel luxuoso, dos grandes centros do país, onde há entrada/saída de visitantes com variações linguísticas. A maioria dessas palavras é atrativo comercial. "Vou ao toillet": diz-se assim desde menino.
O que é onda se vai, explode à margem. Às vezes, o que vem do estrangeiro tem efeito tsunami, devastador. E com modismo é assim... E essas influências são filtradas, absorvidas, mesmo que se afoguem nossos costumes. Interessante é a incorporação de uma palavra  estrangeira à outra língua, que misturada ao  idioma se nacionaliza. E se dá para remar sem naufragar, está muito bom... "Mas chega o momento em que o copo está cheio e não dá mais pra engolir": slongans, marcas, rótulos, altas ondas... Meu falar é genérico e outros têm miolo (ôpa! Água, mar? Quase que saía 'molo', que é cais em italiano). O certo é que nenhuma língua escapa da invasão de outras línguas, mesmo que seja "disse-me-disse" (risos): palavra é náusea? Vomita-se mais em português... Apesar da historicidade, dos mares limpos de algumas línguas, da imposição e da olaria suja de outras, nenhuma língua nasceu em berço de ouro: língua-anfíbia, parideira. Bye, Ciao, até logo.

imagem:jornale.com.br