quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Lavadeiras

 
Quando águas se renovam
açudes reúnem lavadeiras
em tanques de águas claras,
represados nas pedreiras.
Estamparia de panos ensaboados
são tapetes de flores rasteiras,
roupas estendidas, hasteadas
são bandeiras de muitas pátrias.

6 comentários:

  1. Borges, há uma certa objetividade em sua poesia, que a torna nítida, clara, mas de um efeito muito satisfatório.

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  2. Bom te encontrar falando aqui, João. E a poesia é essa voz que acorda o poeta. Abç

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  3. Seu poema lava as nódoas da vida rasteira...

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  4. "A gente vai levando", a gente vai lavando essa vida... Abç

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  5. Sua lírica capta com propiedade o espírito da época, avesso a sentimentalismos e a choramingar piegas, tão caro ainda aos saudosos dos mitos platônicos retomados pelos romênticos. Belas fotografias nas quais subjaz metáforas da condição humana, sutilmente postas para leitores que não se contentam com as aparências.

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  6. Muito grato por sua visita, elucidando o que está no íntimo do poema, antes visto apenas com os olhos... Abç

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