quinta-feira, 13 de maio de 2010

Flor sintética



































Beija-flor invade edifícios
procurando antigos ninhos;
arrisca-se no precipício
onde colhera amores.
jardim sintético: bebedouro
açucarado de flores inodoras.
Equilibrista girando hélices,
pairando no fio nu, armado
no abismo de concreto,
entrançado de fios elétricos
não galhos da mata atlântica.


2 comentários:

  1. Muito bom, Borges. Vai pra minha antologia, abçs João

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  2. No bloco onde eu morava, eu avistava esse beija-flor, entrando, saindo, subindo, descendo; enfim, executava acrobacias, perdido. Valeu a visita, Abç

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