a Tetê Bezerra
"Não ligo, deito sobre os trilhos, vejo o trem passar..."
Corre a vida nos trilhos:
reta estreita de perigos.
O trem passa: viandante
apontando meu destino?
Estrada: plantação de aço
cortando fugitivos passos;
o trem esmaga a solidão
que se estira, estilhaço.
Mundo andado sem pressa
em ocasos é que me deito;
escuto a voz do tempo,
esqueço que ouço apito.
"em ocasos é que me deito"... Muito belo. Todo o poema. Abraços.
ResponderExcluirBorges,belíssimo. " o trem esmaga a solidão
ResponderExcluirque se estira, estilhaço.".lindas imagens.Obrigada pela homenagem.