sábado, 21 de novembro de 2009

Galos coroados

 

















A crista que amanhece
carrega o sol (re)encarnado:
estrela coroando trovador.
Quando o galo morre
os raios de sol desfalecem
sobre os olhos de bolandeira.
Ouve-se a ruptura do universo,
onde explosão de sangue
coagula-se na galáxia da carne.

5 comentários:

  1. "Galáxia da carne" é muito profundo. Muito bom Francis. Bjs

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  2. Forte, forte!... Morte e sol nascente... "ruptura do universo".... "explosão de sangue".... O Grande Parto de todos os dias...
    Belo, garoto!

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  3. Imagens, imediatamente, influenciam minhas palavras. O poema nasceu de manhã: um galo arribitado,de mosaicos, num Outdoor... Escrevi no ônibus. Bem falado, bjs.

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  4. Você acaaba de matar meu romantismo sertanejo, Francis. Tava aqui te imaginando numa varanda de frente pro Grande Sertão: veredas, e você vem nos dizer que escreveu essa beleza pra um outdoor? ...rs..
    Tá lindo isso, é o que importa.

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  5. Ah,comentei o outdoor!É claro que vc entendeu a revolução universal do "sol na cabeça..." "Grande Sertão" é encorajador. Abç

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