As serras carregam a lua
dos braços frios das águas.
A lua deixa o mar de navegos
e se arrancha no mato seco:
vem arrastando sargaços
para esta terra de cactos,
alumiando os mortos, vivos
em galhos, folhas, estercos.
A lua se abisma nas serras,
em pedras agudas, espetos,
iludida pelas malacachetas
luzentes como as maretas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário