No poleiro da alvorada
os galos celebram a vida
em terceira dimensão,
procurando cometas.
No trapézio da madrugada
eles beliscam estrelas:
céu-ouro-chão matinal,
imaginária colheita.
luzentes como palhaços
em luzes acesas de circo:
na corda-bamba do espaço
aurora boreal avistam.
Eles cantam na hipnose
dessas veredas celestes,
alheios aos carrascos
amolando beiços de foices.
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